O desafio da alergia de alimentos

Gostaria de compartilhar com os leitores do site um pequeno resumo da história da minha filha mais nova, que em agosto deste ano completará 2 anos. Espero, através destas linhas, pode ajudar outras mães e pais que encontram-se na mesma situação.

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Vamos lá…

Quando a pequena Juliana tinha 1 ano e 7 meses, ela teve uma desidratação. Fomos para um renomado hospital da capital paulista que, após alguns exames, identificou um quadro de hipoglicemia.

Desde então ela começou a dormir mais tempo que o normal e ficar muito apática nos momentos que estava acordada. Fizemos diversos outros exames a pedido da pediatra, passamos por alguns especialistas e todos concordavam que o exame de sangue estava alterado e que ela estava realmente passando muito pouco tempo acordada.

Mas ninguém descobria o que ela tinha. Angústia!

Como se tudo isso não fosse suficiente, em seguida ela pegou 4 bactérias intestinais e ficou muito fraca. A pedido da pediatra, por precaução, tivemos que tirá-la da escola e do convívio com outras crianças. Foi uma fase muito difícil!

Depois de muitas suspeitas, muitos exames e muitos antibióticos para acabar com as malditas bactérias, a pediatra resolveu tirar a alimentação dela, já que ela sempre foi muito alérgica à proteína do leite.

A pequena Juliana passou por uma semana alimentando-se apenas com o leite especial Neocate, frango grelhado sem nenhum tipo de tempero e melão. Só. Foi muito difícil, mas não impossível. Mas depois de 6 dias, a Juliana começou a acordar sozinha e voltar a brincar como antigamente.

Refizemos todos os exames de sangue e felizmente tudo voltou ao normal! Minha esposa e eu não acreditávamos que era “só isso”! Impressionante como apenas a comida fazia mal para a nossa pequena! MAS PODE!

Ainda hoje estamos em fase de testes e com muitas restrições. Mas foi um enorme alívio termos um diagnóstico.

A alergia dela foi definida como FPIES Crônica.

E graças à modernidade e ao fácil acesso às informações, minha esposa conheceu o grupo FPIES BRASIL – www.facebook.com/fpiesbrasil – criado por uma mãe que passou pelos mesmos problemas e que tem como objetivo principal divulgar esta alergia.

Neste grupo descobrimos que MUITOS produtos (MUUUUUUUITOS MEEEEEESMO!!!!!) tem traços de alimentos que não são colocados nos rótulos das embalagens e que podem fazer MUITO MAL para alérgicos. Por conta desta enorme falha das empresas alimentícias foi criada uma campanha chamada #PÕENORÓTULO (Põe no Rótulo) que tem como objetivo pedir para as empresas informarem de forma clara e transparente os ingredientes dos seus produtos nos rótulos das embalagens. Veja mais em www.poenorotulo.com.br e www.facebook.com/poenorotulo

Hoje a Juliana voltou a ser aquela fofura de criança que acorda e dorme nos horários “normais”, brinca, se diverte, dá muita risada, espera o papai chegar do trabalho para fazer bagunça, interage com as pessoas e amiguinhos, mas que precisará conviver (esperamos que por pouco tempo) com suas restrições alimentares.

Para nós, pais, é difícil não poder oferecer qualquer tipo de alimento para ela, não poder dar um doce gostoso, um salgado de lamber os dedos, entre outras gostosuras da vida. Mas esse é um desafio que estamos tirando de letra e espero que outros pais que estejam passando pelo mesmo problema lutem para que as empresas informem os ingredientes de seus produtos para que possamos oferecer de forma segura os alimentos para nossos filhos.

3 Comments

  1. Vanessa Oliveira

    Alergias realmente são complicadas de se combater, meu pequeno completou 1 ano e a dermatite atópica que teve quando nasceu, voltou com a força toda! E pra piorar, dependo do SUS para detectar o problema, acabo por conta própria cortando uma série de coisas para ver se melhora a alergia, até agora, nada!

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